Dia de jejum e abstinência

Encontramos na Sexta feira Santa, neste dia pela tarde apresentará para nós o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. Nesse dia é preciso meus irmãos manter um “silêncio interior” aliado ao jejum e à abstinência de carne. Deve ser um dia de meditação, de contemplação do amor de Deus, que nos “deu o Seu Filho único para que quem n’Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). É um dia em que as diversões devem ser suspensas, os prazeres, mesmo que legítimos, devem ser evitados. A cruz, erguida sobre o mundo, segue de pé como sinal de salvação e esperança. A cruz nos coloca frente a frente com nossos sofrimentos e deve nos fazer refletir.

Sexta-Feira Santa

Indico aos irmãos um livro muito interessante chamado “A Paixão de Cristo segundo o cirurgião”, no qual o Dr. Pierre Barbet, francês, depois de estudar por mais de vinte anos a Paixão, narra com detalhes o sofrimento de Cristo. Eu, particularmente gostei muito e me ajudou a refletir mais amplamente este dia graças a uma indicação de meu antigo formador Francês. Tudo isso deve nos levar a amar profundamente Jesus Crucificado, que se esvaziou totalmente para nos salvar de modo tão terrível. Essa meditação também precisa nos levar à associação com a Paixão do Senhor, no sentido de tomar a decisão de “gastar a vida” pela salvação dos outros. Dar a vida pelos outros, como o Senhor deu a Sua vida por nós. “Amor só se paga com amor”, dizia um grande místico da Igreja São João da Cruz do admiro muito.

A principal celebração do dia acontece às 15 horas e será transmitida. É a hora em que Jesus foi morto segundo a tradição da Igreja. A celebração é composta por 3 partes para sabermos:

1. LITURGIA DA PALAVRA;
2. ADORAÇÃO DA CRUZ;
3. COMUNHÃO EUCARÍSTICA.

Portanto irmãos é tempo de recolhimento, oração, jejum. É tempo de meditação. É tempo de sofrermos junto com Jesus e amarmos Ele ainda mais.